terça-feira, 21 de maio de 2013

Redução de gastos, uma tarefa diária.

    A luta contra os gastos deve ser um trabalho diário dentro da empresa, uma cultura enraizada, uma guerra travada diariamente e que tome conta de todos os departamentos da organização. Mas cuidado, não se deve reduzir gastos que venham a causar problemas futuros na satisfação do cliente, na motivação do pessoal interno ou na geração de receita, mas como isso é possível?
     Os gastos aparentemente irrelevantes são aqueles que nos levam a aumentar o custo das nossas empresas, por exemplo, o gasto com copos plásticos que parece um valor sem muita importância pode gerar um gasto bastante considerável. Imaginem uma empresa com 500 funcionários, quando cada um deles vai pegar um copinho plástico para o cafézinho ou a água não pega apenas um, já que o copinho normalmente vem unido a outros dois. Na média uma pessoa bebe água ou café 5 vezes no período do expediente o que nos dá 500 x 3 x 5 = 7.500 copinhos por dia, se trabalhamos 300 dias ao ano, teremos um total de 7.500 x 300 = 2.250.000 copinhos por ano, levando em consideração que o valor unitário é de R$ 0,05, teremos um gasto total de 2.250.000 x R$ 0,05 = R$ 112.500,00 (Cento e doze mil e quinhentos reais) em copinhos plásticos!! Esse valor, certamente, faz diferença no resultado da sua empresa e pode ser cortado utilizando-se de criatividade, como incentivar os funcionários a trazer canecas de porcelana, alumínio, ou outro material para a empresa.
     Outra forma de gerar um ambiente de redução de gastos sem trazer problemas para a organização é criar um programa de melhores ideias, onde os funcionários que trouxerem as ideias que provocarem as maiores reduções de gastos são premiados.
     Enfim, todo cuidado é pouco na redução de gastos, mas ela tem que ser feita de forma precisa e contínua para que o resultado da empresa seja sempre maximizado.

terça-feira, 14 de maio de 2013

Resultado Econômico x Resultado Financeiro, quais as principais diferenças entre os dois.

     Muitas vezes vejo pessoas com um bom conhecimento de finanças empresarias confundindo o resultado econômico com o financeiro, mas na verdade, qual a diferença entre os dois?
     O resultado econômico nasce do regime de competência, um dos princípios contábeis, que nos diz que quando tomamos conhecimento de um novo fato, temos que fazer o seu lançamento pelo valor integral, ou seja, se eu compro um computador para pagar em 12 parcelas por R$ 2.000,00 (dois mil reais), tenho que lançar pelo regime de competência e economicamente, o seu valor integral de compra, que nesse caso são R$ 2.000,00, não importando como vai ser pago nem muito menos quando. O principal demonstrativo contábil para o resultado econômico é a DRE (Demonstração de Resultados do Exercício) e este nos demonstra o lucro ou o prejuízo ocorridos no período em análise, deduzindo-se as despesas das receitas realizadas.
     Já o resultado financeiro está ligado ao regime de caixa que registra as entradas e saídas do caixa e equivalentes de caixa da empresa em determinado período, quer dizer, no nosso caso registramos apenas as saídas mensais de caixa relativos aos pagamentos de cada uma das 12 parcelas da compra do computador, sem que seja necessário saber o valor total ou o porque da compra. O principal demonstrativo para o resultado financeiro é a DFC (Demonstração do Fluxo de Caixa) que tem como resultado a geração de caixa do período que pode ser positiva, superávit de caixa, ou negativa, déficit de caixa.
     Desta forma, temos dois regimes diferentes e resultados que não tem como se equivalerem, já que nem todos os gastos são desembolsáveis e nem todos os desembolsos são advindos de gastos, tendo o mesmo raciocínio utilizado quando analisamos receitas e entradas de caixa.
   

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Giro do Ativo x Margem de lucro, qual a estratégia a seguir?

     Existem basicamente duas maneiras seguras de fazer com que uma empresa tenha um bom resultado econômico e gere retorno para seus investidores. A Primeira é utilizar uma alta margem de lucro e girar pouco o ativo e a segunda é girar rapidamente o ativo mesmo com uma baixa margem de lucro em seus produtos. Claro que existe a possibilidade de ter as duas coisas positivas ao mesmo tempo, porém isso acontece em muito poucas empresas e de setores bastante específicos.
     Quando a empresa consegue girar rapidamente seu ativo ela pode, mesmo com uma baixa margem de lucro, atingir um bom resultado econômico, já que cada vez que ela vende um produto ela está multiplicando a sua margem e com uma venda bastante alta ela consegue chegar a números consideráveis de retorno para os investidores. Este tipo de estratégia é utilizado por empresas que atendem a uma fatia da população que tem um menor poder aquisitivo e compram focadas no preço, porém como existe uma demanda considerável para este tipo de produto, a organização consegue atender a sua necessidade de giro.
     Por outro lado, existe uma fatia da população que exige produtos mais requintados e com alto grau de exclusividade, para este público existem produtos com grande valor agregado e que, com isso, auferem altas margens de lucro. Todavia, como este público é reduzido, a empresa acaba tendo baixo giro, o que não atrapalha o resultado que é alcançado com a alta margem utilizada. Neste caso, podemos citar empresas como a Ferrari, Armani, Mont Blanc, entre outras.

quinta-feira, 2 de maio de 2013

Gasto fixo ou variável, qual devemos trabalhar?

     Quando uma empresa está tendo prejuízo e precisa reduzir gastos para voltar a ter lucro, qual é o melhor gasto para se diminuir? ou, a empresa está em crescimento das vendas e precisa aumentar a capacidade instalada para seguir produzindo, em qual gasto devemos mexer?
     Algumas empresas chegam a este tipo de encruzilhada, não tem certeza da resposta correta e acabam tomando decisões não muito ortodoxas para resolver o dilema. E qual seria a melhor opção para cada uma das questões?
     Antes de responder, é importante definir como se comportam os gastos quando ao ponto de equilíbrio, que é o limite entre o lucro e o prejuízo econômico de uma empresa. Uma variação de gastos fixos causa um impacto direto no ponto de equilíbrio, ou seja, se o gasto fixo aumenta em 10% o ponto de equilíbrio também vai aumentar na mesma proporção e esta regra é válida da mesma forma para as reduções no gasto fixo. Já o gasto variável tem um impacto geométrico sobre o ponto de equilíbrio, desta forma se o gasto variável subir 10% o ponto de equilíbrio aumentará em uma proporção maior, sendo o mesmo válido para a redução dos gastos variáveis.
     Assim, quando a empresa precisa reduzir gastos, a maior queda no ponto de equilíbrio será causada pela  diminuição dos gastos variáveis e quando a empresa precisa aumentar a capacidade instalada, o melhor gasto a ser feito é o fixo, já que tem um menor impacto no ponto de equilíbrio e não causará maiores dificuldades para o alcance do lucro.