terça-feira, 21 de maio de 2013

Redução de gastos, uma tarefa diária.

    A luta contra os gastos deve ser um trabalho diário dentro da empresa, uma cultura enraizada, uma guerra travada diariamente e que tome conta de todos os departamentos da organização. Mas cuidado, não se deve reduzir gastos que venham a causar problemas futuros na satisfação do cliente, na motivação do pessoal interno ou na geração de receita, mas como isso é possível?
     Os gastos aparentemente irrelevantes são aqueles que nos levam a aumentar o custo das nossas empresas, por exemplo, o gasto com copos plásticos que parece um valor sem muita importância pode gerar um gasto bastante considerável. Imaginem uma empresa com 500 funcionários, quando cada um deles vai pegar um copinho plástico para o cafézinho ou a água não pega apenas um, já que o copinho normalmente vem unido a outros dois. Na média uma pessoa bebe água ou café 5 vezes no período do expediente o que nos dá 500 x 3 x 5 = 7.500 copinhos por dia, se trabalhamos 300 dias ao ano, teremos um total de 7.500 x 300 = 2.250.000 copinhos por ano, levando em consideração que o valor unitário é de R$ 0,05, teremos um gasto total de 2.250.000 x R$ 0,05 = R$ 112.500,00 (Cento e doze mil e quinhentos reais) em copinhos plásticos!! Esse valor, certamente, faz diferença no resultado da sua empresa e pode ser cortado utilizando-se de criatividade, como incentivar os funcionários a trazer canecas de porcelana, alumínio, ou outro material para a empresa.
     Outra forma de gerar um ambiente de redução de gastos sem trazer problemas para a organização é criar um programa de melhores ideias, onde os funcionários que trouxerem as ideias que provocarem as maiores reduções de gastos são premiados.
     Enfim, todo cuidado é pouco na redução de gastos, mas ela tem que ser feita de forma precisa e contínua para que o resultado da empresa seja sempre maximizado.

terça-feira, 14 de maio de 2013

Resultado Econômico x Resultado Financeiro, quais as principais diferenças entre os dois.

     Muitas vezes vejo pessoas com um bom conhecimento de finanças empresarias confundindo o resultado econômico com o financeiro, mas na verdade, qual a diferença entre os dois?
     O resultado econômico nasce do regime de competência, um dos princípios contábeis, que nos diz que quando tomamos conhecimento de um novo fato, temos que fazer o seu lançamento pelo valor integral, ou seja, se eu compro um computador para pagar em 12 parcelas por R$ 2.000,00 (dois mil reais), tenho que lançar pelo regime de competência e economicamente, o seu valor integral de compra, que nesse caso são R$ 2.000,00, não importando como vai ser pago nem muito menos quando. O principal demonstrativo contábil para o resultado econômico é a DRE (Demonstração de Resultados do Exercício) e este nos demonstra o lucro ou o prejuízo ocorridos no período em análise, deduzindo-se as despesas das receitas realizadas.
     Já o resultado financeiro está ligado ao regime de caixa que registra as entradas e saídas do caixa e equivalentes de caixa da empresa em determinado período, quer dizer, no nosso caso registramos apenas as saídas mensais de caixa relativos aos pagamentos de cada uma das 12 parcelas da compra do computador, sem que seja necessário saber o valor total ou o porque da compra. O principal demonstrativo para o resultado financeiro é a DFC (Demonstração do Fluxo de Caixa) que tem como resultado a geração de caixa do período que pode ser positiva, superávit de caixa, ou negativa, déficit de caixa.
     Desta forma, temos dois regimes diferentes e resultados que não tem como se equivalerem, já que nem todos os gastos são desembolsáveis e nem todos os desembolsos são advindos de gastos, tendo o mesmo raciocínio utilizado quando analisamos receitas e entradas de caixa.
   

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Giro do Ativo x Margem de lucro, qual a estratégia a seguir?

     Existem basicamente duas maneiras seguras de fazer com que uma empresa tenha um bom resultado econômico e gere retorno para seus investidores. A Primeira é utilizar uma alta margem de lucro e girar pouco o ativo e a segunda é girar rapidamente o ativo mesmo com uma baixa margem de lucro em seus produtos. Claro que existe a possibilidade de ter as duas coisas positivas ao mesmo tempo, porém isso acontece em muito poucas empresas e de setores bastante específicos.
     Quando a empresa consegue girar rapidamente seu ativo ela pode, mesmo com uma baixa margem de lucro, atingir um bom resultado econômico, já que cada vez que ela vende um produto ela está multiplicando a sua margem e com uma venda bastante alta ela consegue chegar a números consideráveis de retorno para os investidores. Este tipo de estratégia é utilizado por empresas que atendem a uma fatia da população que tem um menor poder aquisitivo e compram focadas no preço, porém como existe uma demanda considerável para este tipo de produto, a organização consegue atender a sua necessidade de giro.
     Por outro lado, existe uma fatia da população que exige produtos mais requintados e com alto grau de exclusividade, para este público existem produtos com grande valor agregado e que, com isso, auferem altas margens de lucro. Todavia, como este público é reduzido, a empresa acaba tendo baixo giro, o que não atrapalha o resultado que é alcançado com a alta margem utilizada. Neste caso, podemos citar empresas como a Ferrari, Armani, Mont Blanc, entre outras.

quinta-feira, 2 de maio de 2013

Gasto fixo ou variável, qual devemos trabalhar?

     Quando uma empresa está tendo prejuízo e precisa reduzir gastos para voltar a ter lucro, qual é o melhor gasto para se diminuir? ou, a empresa está em crescimento das vendas e precisa aumentar a capacidade instalada para seguir produzindo, em qual gasto devemos mexer?
     Algumas empresas chegam a este tipo de encruzilhada, não tem certeza da resposta correta e acabam tomando decisões não muito ortodoxas para resolver o dilema. E qual seria a melhor opção para cada uma das questões?
     Antes de responder, é importante definir como se comportam os gastos quando ao ponto de equilíbrio, que é o limite entre o lucro e o prejuízo econômico de uma empresa. Uma variação de gastos fixos causa um impacto direto no ponto de equilíbrio, ou seja, se o gasto fixo aumenta em 10% o ponto de equilíbrio também vai aumentar na mesma proporção e esta regra é válida da mesma forma para as reduções no gasto fixo. Já o gasto variável tem um impacto geométrico sobre o ponto de equilíbrio, desta forma se o gasto variável subir 10% o ponto de equilíbrio aumentará em uma proporção maior, sendo o mesmo válido para a redução dos gastos variáveis.
     Assim, quando a empresa precisa reduzir gastos, a maior queda no ponto de equilíbrio será causada pela  diminuição dos gastos variáveis e quando a empresa precisa aumentar a capacidade instalada, o melhor gasto a ser feito é o fixo, já que tem um menor impacto no ponto de equilíbrio e não causará maiores dificuldades para o alcance do lucro.

terça-feira, 30 de abril de 2013

Planejamento Orçamentário, um trunfo importante para a gestão da empresa.

     O orçamento empresarial é a peça mais importante para o planejamento econômico - financeiro de uma organização, com ele podemos projetar o resultado econômico, a necessidade de capital de giro do período ou a sobra para possíveis investimentos ou aplicações financeiras, medir os índices de análise e verificar se a situação econômico - financeira tende a melhorar no final do período de planejamento, enfim, podemos entender como vão se comportar as finanças da empresa e que ações podemos tomar para que os futuros entraves para o crescimento sejam reduzidos.
     Para tanto, desenvolvemos em primeiro lugar os orçamentos intermediários, os quais darão a base para a consolidação orçamentária. Estes orçamentos intermediários são setoriais e desenvolvidos pelos gestores de cada departamento tendo como base os princípios e metas definidos pela alta administração da empresa. O primeiro, na maior parte das vezes, é o orçamento de vendas que serve para definir o nível de atividade que a organização vai desenvolver no período estudado, em seguida se projeta toda a operação da empresa para que se possa atingir as vendas estimadas.
     Depois de projetados os orçamentos intermediários se faz a consolidação orçamentária, ou seja, juntamos todas as informações levantadas pelos departamentos em um único documento, o qual se divide em fluxo de caixa, demonstração de resultados e balanço patrimonial projetado. É importante entender que esta ordem deve ser mantida, já que os resultados de sobra ou falta de capital de giro levam a empresa a investir ou capitar dinheiro no mercado, o que gera receitas ou despesas financeiras que serão lançadas nos próximos dois documentos.
     O mais importante é entender que, apesar de todo o trabalho para desenvolver o plano orçamentário, ele não valerá de nada se não houver o controle e o feed back para o sistema, tema este que desenvolveremos em um próximo artigo.

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Alavancagem Financeira, a empresa crescendo com capital de terceiros.

     "A melhor forma de ganhar dinheiro é usando o dinheiro dos outros". Esta frase foi dita por um professor meu a uns 15 anos atrás, mas continua soando em minha cabeça quando tomo decisões de financiamento nas empresas que trabalho. Mas, qual o sentido prático dela? 
     Existe na gestão uma técnica de fazer a empresa crescer e ter melhores resultados econômicos utilizando capital de terceiros, que se chama Alavancagem Financeira. Na Alavancagem Financeira, capitamos financiamentos no mercado para aplicar no crescimento sustentável da organização e, para isso, o ponto crítico é ter um retorno sobre o capital aplicado na empresa superior ao custo deste dinheiro captado no mercado financeiro, isto é, que o aumento do lucro seja superior aos juros e taxas pagos para que este dinheiro extra esteja disponível para a sua empresa.
     O dinheiro de terceiros é um capital mais barato para a empresa do que o capital próprio, já que os investidores querem sempre um retorno superior ao oferecido pelo mercado, já que tem um risco maior investir na empresa do que em fundos de renda fixa e outras aplicações financeiras, além de que os juros sobre empréstimos são dedutíveis do imposto de renda, enquanto que as distribuições de lucro para os sócios não o são. Por outro lado, o risco de investir capital próprio é muito superior ao de utilizar capital de terceiros e isso faz com que precisemos, de verdade, ter a alavancagem financeira como base para um crescimento sadio das nossas organizações.
     Claro que não podemos exagerar e alavancar demais as empresas, já que isso pode levar a dificuldades de liquidez e a um aumento demasiado no endividamento. Desta forma, temos que sempre avaliar se esse capital de terceiros vai ser saudável e se vai criar alavancagem financeira para o nosso negócio.

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Alavancagem Operacional e a maximização da riqueza.

     A alavancagem operacional é mais uma poderosa ferramenta que os gestores tem em suas mãos para a tomada de decisão empresarial. Com ela é possível conhecer o grau de maximização do lucro e o nível de risco que a empresa pode correr.
     O grau de alavancagem operacional mede a variação no resultado da empresa causado pela modificação do seu nível de faturamento, isto é, se a receita da organização variar em um ponto percentual, o que ocorre com seu resultado. Por exemplo, se a receita de uma empresa que tem grau de alavancagem operacional 4,0 (quatro) aumentar em 10%, seu resultado operacional terá um acréscimo de 40%, já que o grau de alavancagem funciona como um multiplicador da receita para se chegar a previsão de resultado da empresa.
     Desta forma, quanto maior o grau de alavancagem operacional, maior será a maximização de riquezas da empresa, porém o contrário é verdadeiro e um alto grau de alavancagem operacional trás consigo um enorme risco à organização, já que uma queda pequena na receita causa uma redução drástica no resultado, podendo levar a empresa rapidamente do lucro ao prejuízo.
     O grau de alavancagem operacional está intimamente ligado ao nível de gastos fixos de sua estrutura, pois quanto maior o nível de gastos fixos, maior será o grau de alavancagem operacional e, com isso, maior a possibilidade da empresa gerar riqueza e maior o risco atrelado a este gasto.

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Beyond Budgeting, o futuro do planejamento orçamentário.

     A grande tendência em planejamento orçamentário de hoje se chama Beyond Budgeting, que em tradução livre para o português quer dizer "além do orçamento". Nesta técnica o que chama atenção é a definição de metas relativas, no lugar das já tradicionais metas em valor absoluto, além disso a metodologia prevê a descentralização na tomada de decisão, o Empowerment dos gestores e a responsabilidade dividida com todos os executivos da organização. Com isso, se vê a possibilidade de haver o casamento das mais recentes técnicas de gestão de empresas ao orçamento empresarial, combinando a responsabilidade sobre os resultados com a autoridade na tomada de decisão em relação as recursos a serem utilizados.
     Porém, como algumas das mais modernas técnicas de gestão, ainda não conhecemos empresas que utilizam o Beyond Budgeting no seu planejamento orçamentário e isso nos deixa com dúvidas quanto a sua eficácia e eficiência para a gestão. O conceito de metas relativas nos leva a necessidade de confiança total na equipe de trabalho e em sua capacidade para tomar decisões que só levem em conta a geração de riqueza para a empresa, daí surge a questão: Será que nossos executivos estão realmente prontos para toda esta responsabilidade? A resposta cabe a cada um dos leitores, que conhecem os profissionais a sua volta e decidem se podem ou não transferir tamanho poder.

terça-feira, 23 de abril de 2013

Como definir se uma empresa é viável para seus empreendedores.

     Quando podemos dizer que uma empresa é viável para seus sócios e acionistas? Se uma empresa dá lucro, isso é suficiente para definirmos sua viabilidade? Ou devemos contar como viável aquela empresa que consegue gerar caixa com sua operação?
     Estas questões deixam parte dos analistas sem resposta, já que trazem uma discussão bastante profunda sobre a análise do resultado empresarial. A resposta mais correta é dizer que uma empresa só é viável quando gera um retorno aos acionistas superior que o custo de capital da empresa, número este chamado de EVA.
     EVA é a medida que nos diz quanto a empresa retorna aos sócios e acionistas a mais que o próprio custo de capital e, caso seja positivo, demonstra que a empresa está gerando riqueza para seus donos, já que lhes devolve mais do que eles cobram pelo dinheiro que está investido na empresa.

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Como fazer para a empresa passar mais rápido do prejuízo ao lucro.

     Quando você está com dificuldade de conseguir reverter a situação da empresa e passar do prejuízo ao lucro no exercício, qual é o gasto que vai trazer o resultado de forma mais eficiente, fixo ou variável?
     Bem temos que levar em consideração uma boa quantidade de variáveis que vão definir a melhor forma de modificar sua estrutura de gastos para que o resultado chegue de forma mais rápida e com menos risco à continuidade da empresa. O primeiro ponto a ser considerado é que o gasto fixo tem um impacto proporcional ao ponto de equilíbrio, isto é, toda vez que você diminuir o gasto fixo em 10% o ponto de equilíbrio também vai reduzir em 10% e o contrário é verdadeiro. Já o gasto variável tem um impacto geométrico sobre o ponto de equilíbrio, ou seja, se diminuirmos em 10% o gasto variável o ponto de equilíbrio vai cair mais que os 10%, podendo ser 12, 14 ou 16% dependendo da estrutura de gastos vigente na empresa. Desta forma, para melhorar o resultado com mais urgência seria melhor reduzir o gasto variável, já que este tem um impacto mais forte na redução do ponto de equilíbrio e, desta maneira, seria necessário vender menos para se alcançar o lucro.
     Por outro lado, quando se tem uma estrutura com maior concentração de gastos variáveis a empresa tem um menor grau de alavancagem operacional, levando a necessidade de rodar bem mais as vendas para se ter um lucro crescente, porém a empresa tem muito menos risco em um panorama pessimista.
     Portanto, o gasto fixo faz com que o resultado passe mais rápido do prejuízo para o lucro, mas tem mais dificuldade de fazer com que o lucro cresça rapidamente depois deste ponto.

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Projeção das Vendas: Ponto de origem do planejamento orçamentário.


     O Orçamento Empresarial é iniciado na maior parte das vezes pelas vendas projetadas para o período orçado, isto porque a partir das vendas conseguimos definir, entre outras coisas, qual o nível de produção a ser desenvolvido para o período, qual a necessidade de recursos humanos e financeiros, quanto de matéria prima será utilizada no processo produtivo, enfim, informações fundamentais para que sejam feitas as projeções financeiras.
     A produção pode também ser objeto de origem das projeções, porém isso acontece quando a demanda é muito maior que a oferta da empresa. Porém, na maioria das vezes, temos que saber quanto está sendo projetado de vendas para poder definir a produção do período, levando em consideração a política de estoques da empresa, a capacidade instalada da produção e a disponibilidade de recursos financeiros e matéria prima.

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Ponto de Equilíbrio - Não dá para tomar decisão sem ele.

     O Ponto de Equilíbrio, ou Break Even Point, é um dos números mais importantes para a gestão de uma empresa. Ele mede o momento em que os gastos totais se igualam a receita total da empresa, isto é, no Ponto de Equilíbrio a empresa não tem nem lucro e nem prejuízo. Quando se ultrapassa o Ponto de Equilíbrio a organização passa do prejuízo para o lucro. Será importante conhecer este número? É possível tomar decisões sem que se tenha conhecimento deste número? Pessoalmente já vi empresas definirem as metas para os vendedores abaixo do Ponto de Equilíbrio, desta forma a empresa estava premiando a sua equipe de vendas para dar prejuízo.
     Mas como calcular o Ponto de Equilíbrio? temos algumas fórmulas para isso, mas o importante é saber que este número nasce do custeio variável e pode ser calculado para qualquer tipo de empresa e com qualquer quantidade de produtos.

quinta-feira, 11 de abril de 2013

O que causa a falência de uma empresa.


     Segundo o SEBRAE 40% das empresas que abrem todo ano no Brasil não conseguem atingir o terceiro ano de vida. Este é um índice preocupante e que nos faz pensar qual a principal causa para a falência das empresas em nosso país e no mundo.
     Muitas vezes discuto o assunto com economistas, gestores e contadores e a minha conclusão é bastante clara. Quando uma empresa vai a falência a primeira coisa que notamos é que ela não tem mais condições de honrar com suas dívidas e entra em um ciclo de endividamento que, se não cuidado de forma correta, leva a esta situação indesejada. Porém, o que causa este problema?
     Em primeiro lugar, temos que entender como funciona o fluxo de capital em uma organização. As origens de capital podem ocorrer de duas formas, com capital próprio ou capital de terceiros. Quando uma empresa obtém LUCRO em um exercício social ela aumenta seu capital próprio, isto é, o LUCRO é uma origem de capital. Por outro lado, existem várias possibilidades de aplicação deste capital, entre elas estão o caixa, os estoques, as contas a receber, o imobilizado, entre outras contas que fazem parte do Ativo. Desta forma, concluímos que o caixa nada mais é do que uma forma de aplicar o valor gerado pelo LUCRO do exercício, assim a principal causa para a falta de caixa e, com isso, as dificuldades de pagamento das contas, se deve a constantes prejuízos que reduzem o patrimônio da empresa.
     Outra causa é a má administração dos recursos, aonde os gestores aplicam de forma equivocada os recursos gerados pela empresa e terminam criando uma situação de alta necessidade de capital de giro sem que para isso seja gerado esse capital, fazendo com que a empresa entre no que chamamos de efeito tesoura e caminhe a passos largos para a falência.

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Liquidez ou Rentabilidade, o que é mais importante?

     Na gestão existem alguns paradigmas que temos que conviver diariamente e um dos mais importantes é a decisão de escolher entre Liquidez e Rentabilidade. Um ponto que devemos entender antes de fazer uma escolha é o que realmente é cada uma delas.
     Liquidez é a capacidade da empresa de liquidar suas dívidas, isto é, é a empresa ter o dinheiro necessário para pagar todas as contas que são suas obrigações, sem que para isso lance mão de levantar capital com terceiros. Já a Rentabilidade é o retorno sobre o capital investido, o que quer dizer que a empresa está devolvendo aos sócios ou acionistas o valor empregado na organização. Mas por que este dilema entre uma e outra? Porque quando investimos em Liquidez deixamos o capital da empresa no curto prazo e em contas que geram pouco retorno para a empresa, ou seja, aplicamos no caixa, nos bancos, vendemos a prazos mais longos ou temos estoques muito altos. Nestes casos, o retorno sobre os valores investidos pelos sócios cai, justamente porque o capital poderia estar investido em atividades que gerem mais resultado para a empresa, como sua produção e vendas.
     Claro que sem liquidez a empresa deixa de pagar suas obrigações e acaba, por inadimplência com seus fornecedores, tendo que fechar as suas portas, porém, sem devolver o capital investido pelos sócios o interesse destes diminui e eles tendem a buscar outras alternativas de investimento.
     Portanto, temos que ter muito cuidado ao tomar esta decisão estratégica e buscar um equilíbrio, levando a empresa a gerar um bom retorno do investimento realizado ao mesmo tempo que tenha a liquidez suficiente para não ter problemas com seus credores em nenhum momento.

sexta-feira, 5 de abril de 2013

Como funciona o Orçamento Contínuo.

     Algumas empresas de renome mundial passaram nos últimos anos a trabalhar com um novo tipo de técnica orçamentária, o Orçamento Contínuo, mas como funciona e o que realmente vem a ser esta técnica?
     O Orçamento Contínuo é um avanço do já tradicional forecast, método que revê as projeções na fase de controle orçamentário com base nos resultados obtidos pela empresa e modifica os números futuros para que as metas e objetivos possam ser alcançados na nova situação. A grande diferença é que no forecast a empresa refaz as projeções até o final do ano em curso, enquanto que no Orçamento Contínuo estas projeções são feitas para os próximos 12 meses, isto é, deixa de ser necessário todo o procedimento de planificação anual do orçamento, já que ele é revisto mensalmente ou trimestralmente e as projeções são feitas com base no que realmente aconteceu no mercado e nos planos estratégicos traçados pela alta gestão da empresa.
     Vejo com bons olhos este método orçamentário, já que reduz o tempo gasto com o planejamento, deixa as projeções muito mais realistas e obriga aos gestores a estarem em constante contato com o orçamento e as mudanças impostas pelo mercado.

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Métodos de Custeio, qual usar?

     Existem vários métodos de custeio que podem ser usados e que dão resultados que podem ter um impacto decisivo no processo de análise de dados. Pelo menos 3 (três) são os mais conhecidos, custeio por absorção, custeio variável e custeio ABC.
     O custeio por absorção é usado pela contabilidade financeira para fins de evidenciação do resultado legal e usa como base para a formação do custo um processo de rateio dos custos indiretos de produção, o que inviabiliza uma correta análise dos dados, já que usa critérios subjetivos e arbitrários para a definição do rateio, causando distorção no custo final dos produtos e serviços.
     Já o custeio baseado na atividade (ABC) busca reduzir a subjetividade do cálculo do custo expurgando o rateio e fazendo a distribuição baseada nas diversas atividades desenvolvidas em cada gasto por meio de direcionadores únicos para cada uma delas. Porém, por ser bastante complexo, a relação custo x benefício deste método é baixa, fazendo com que a maioria das empresas que começaram a usar o ABC tenham mudado para outros métodos.
     Por fim, temos o custeio variável que é o método mais usado para fins de tomada de decisão na gestão do lucro. Com ele separamos os gastos em fixos e variáveis, conforme sua relação com o nível de atividade da empresa e formamos a Margem de Contribuição, número mágico que nos ajuda a analisar de forma correta pontos de fundamental importância para as decisões da empresa, tais como o Ponto de Equilíbrio (Break Even Point) e o preço de venda dos produtos e serviços.

quarta-feira, 3 de abril de 2013

O papel da Análise Econômico-Financeira na decisão empresarial

     Outro ponto fundamental na Gestão do Lucro é a análise econômico / financeira. Feita com base nos indicadores de liquidez, rentabilidade, estrutura e atividade, esta análise nos ajuda a definir a real situação que a empresa vive e decidir quais os melhores caminhos a serem traçados para que se tenha um resultado cada vez mais sólido e sustentável.
     Porém, é importante deixar claro que um único índice não nos fala muita coisa sobre a situação vivida pela organização, por isso temos que analisar a empresa observando o conjunto de indicadores, fazendo o cruzamentos dos resultados e verificando a interação que existe entre eles. Por exemplo, quando aumentamos o índice de liquidez corrente, com o objetivo de reduzir o risco de falta de recursos para os pagamentos de nossas obrigações, automaticamente vemos uma queda nos índices de rentabilidade, já que a busca pela liquidez faz com que os recursos estejam disponibilizados em contas de baixa geração de riqueza, reduzindo o ganho no período.
     O ideal então é analisar a empresa levando em consideração indicadores econômicos, financeiros e a estrutura de capital para ter uma ideia precisa e completa sobre todos os ângulos do funcionamento empresarial.

terça-feira, 2 de abril de 2013

Orçamento Empresarial, uma necessidade.

     O Orçamento Empresarial é uma necessidade para organizações de todos os tamanhos e que trabalham em qualquer mercado. Mesmo uma empresa que tenha apenas um funcionário deve fazer as projeções orçamentárias para o próximo período, que sugerimos ser de no mínimo doze meses. É importante que os gestores tenham uma ferramenta para prever e planejar as finanças da empresa e assim poder acompanhar os resultados, não sendo pego de surpresa por faltas de caixa ou prejuízos econômicos, sem que tenham tempo para rever os números e ajustar o caminho da empresa para que esta esteja sempre em busca dos seus objetivos.

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Gestão de Custos x Gestão do Lucro

Gestão de Custos x Gestão do Lucro


     Por que se deve defender o termo "gestão do lucro"? Sou claramente contra o uso de "gestão de custos" para tratar de um tema tão complexo e abrangente como este, já que reduz muito a possibilidade de análise e não leva em consideração alguns dos principais itens para a geração do resultado econômico de uma empresa. Tecnicamente Custo está ligado aos recursos que são utilizados na geração de um produto ou serviço, isto é, quando falamos em Custo estamos falando apenas do setor produtivo da organização e quanto a todo o restante?
     A Gestão do Lucro nos leva a um conceito muito mais profundo, aonde consideramos não só a produção de bens e serviços, como também as despesas para apoiar a gestão e as vendas da empresa, os preços de venda cobrados aos clientes e as quantidades produzidas e vendidas no período de análise. Com tudo isso, podemos gerir o resultado de uma forma muito mais completa e efetiva.
     Este Blog tem como objetivo discutir sobre os temas que levam uma empresa a gerar lucro e adicionar riqueza aos sócios e acionistas. Para tanto, utilizaremos uma linguagem simples e direta, levando o leitor a compreender os conceitos e técnicas para aumentar os resultados econômico e financeiro da sua organização, levando em consideração os cenários macro e micro econômicos e os fatos que trazem modificações no mercado atual.